quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Alunos do 9.º ano debatem 

Metodologia de Estudo

Cada uma das cinco turmas do 9.º ano participou numa sessão sobre “Metodologia de Estudo”, dinamizada pela Biblioteca Escolar.

Foi uma oportunidade para os alunos debaterem a importância da utilização de uma técnica adequada de estudo, para, assim, rentabilizarem mais o seu trabalho, com economia de esforço, melhoria do rendimento e mais alegria no trabalho.

Os participantes aperceberam-se ainda do impacto negativo de algumas situações, tais como uma má gestão do tempo e outras falhas que, mesmo sendo pequenas, acarretam uma influência negativa na aprendizagem.

Daí a urgência de um compromisso com algumas orientações, a adaptar a cada caso concreto e condições de vida específicas, tendo cada um dos alunos sido desafiado a descobrir o seu método de estudo e a transformar as técnicas em hábitos.

A mensagem central dos encontros foi a de que vale a pena aprender a estudar…, partindo da certeza de que estudar é uma atividade que se aprende com treino e persistência, tal como nadar ou andar de bicicleta.

Eis os tópicos centrais do trabalho realizado:

1. Organização do Tempo

  •  🕒 Cria um horário de estudo: define horas fixas para estudar diariamente. Que todos em casa conheçam o teu horário e, quando iniciares o estudo, avisa: “Vou estudar!”, ou melhor, “Vou trabalhar!”. É mesmo para cumprir! Não facilites…
  • Usa pausas: faz intervalos a cada 50-60 minutos de estudo. Sob o efeito do cansaço, o rendimento diminui imenso.
  • Prioriza tarefas: começa pelas matérias mais difíceis ou de que menos gostas e pelos trabalhos com prazos mais próximos.

2. Ambiente de Estudo

  • 📍 Escolhe um local que seja sempre o mesmo, calmo e confortável, onde te sintas bem: evita distrações (TV, telemóvel, redes sociais).
  • 💡 Boa iluminação: preferencialmente, luz natural ou luz branca.
  • 🗂️ Mantém o espaço organizado: mesa limpa, mas com todo o material necessário, para não haver interrupções.

3. Técnicas de Estudo

  •  📝 Sublinhado, resumo, esquemas, notas na margem dos textos: reescreve a matéria em palavras simples, usando cores, tabelas.
  • 🔁 Repetição espaçada: revê os conteúdos várias vezes, ao longo do tempo, em sessões curtas. Não deixes tudo para a última hora, por ocasião dos testes.
  •  🎤 Testa-te a ti mesmo: faz exercícios, responde a perguntas, explica a matéria em voz alta, imagina como farias o teste, simulando perguntas, joga com um amigo à pergunta e resposta.

4. Hábitos Saudáveis

  • 😴 Dormir bem: entre 8 a 9 horas por noite. Sem descanso, não há rendimento possível e fazer “noitadas” a estudar é uma péssima ideia.
  • 🥗 Boa alimentação: evita excesso de açúcar ou fast food, antes de estudar (… e sempre, na medida do possível!).
  • 🏃 Exercício físico: pequenas caminhadas e/ou prática desportiva ajudam a recuperar energias mentais e a manter a concentração. O equilíbrio é o segredo do bem-estar.

5. Motivação e Atitude

  •  🎯 Define objetivos claros: por exemplo, concluir determinado trabalho, fazer o T. P. C. de História. A médio prazo, melhorar os resultados na disciplina de Matemática ou aperfeiçoar a leitura em Português.
  • 📌 Divide grandes tarefas em partes pequenas: torna-as mais fáceis de cumprir.
  •  🏆 Recompensa-te: depois de terminar uma etapa do estudo, faz algo de que gostas (jogar, ouvir música, sair com amigos). As atividades de lazer praticadas por prazer, diversão ou para relaxar são muito importantes para o nosso bem-estar mental.
  • 💪 Confiança: lembra-te de que o erro faz parte da aprendizagem. Além disso, se os outros conseguem, eu também sou capaz!

Conselho final:

O mais importante não é estudar muito tempo,

mas, sim, estudar com qualidade e regularidade.

Mais orientações práticas sobre “Metodologia de Estudo” podem ser consultadas no separador “Materiais de Apoio”, existente no “BiblioBarca” (blogue da Biblioteca Escolar): http://bibliobarca.blogspot.com/p/materiais-de-apoio.html.

Biblioteca Escolar

terça-feira, 7 de outubro de 2025

115 anos da República

Encontra-se patente ao público, até ao próximo dia 17 de outubro, no átrio do bloco C da Escola Secundária, a exposição “115 anos da República”.

A mostra – que é constituída por dois painéis – pretende assinalar mais um aniversário da Implantação da República, chamando a atenção da comunidade escolar para a forma como o novo regime foi acolhido em Ponte da Barca e ainda para dois dos seus principais símbolos: a bandeira e o hino nacionais.

“A República em Ponte da Barca” é um painel da responsabilidade da Biblioteca Escolar, que ilustra, a partir de “O Povo da Barca” e das atas camarárias, a lentidão da chegada das notícias a Ponte da Barca e a adesão do Município ao novo regime, assim como algumas das medidas que foram tomadas, localmente, ao longo de 1910-1911.

Por sua vez, “Da Monarquia à República” é um quadro que traça a história da bandeira nacional, com nove figurações durante a Monarquia, e explicita o significado/ simbologia da bandeira republicana, para além de apresentar o hino nacional.

Trata-se de um trabalho desenvolvido em Área de Projeto, por ocasião do centenário da Implantação da República, pelos alunos Ana Patrícia Dias, Rui Cunha e João Maurício Fernandes, sob a orientação da professora Maria José Gonçalves.

Biblioteca Escolar

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Dia Mundial da Música 

na Educação Pré-Escolar

A música é uma ferramenta essencial no desenvolvimento global das crianças e, para assinalar o Dia Mundial da Música, a Educação Pré-escolar (EPE) do Agrupamento de Escolas dinamizou um conjunto de atividades que mobilizou o entusiasmo dos mais pequenos.

Os grupos de EPE da Escola Básica Diogo Bernardes viveram um dia especial, cheio de ritmo e descobertas. Durante a manhã, contaram com a presença do artista Rafael Freitas, que apresentou vários instrumentos musicais — muitos deles artesanais —, através de uma história interativa e entusiasmante.

À tarde, na Biblioteca Escolar, ouviram o conto “Os Músicos de Bremen”, seguido da exploração da história, e tiveram oportunidade de observar e de explorar uma exposição de instrumentos musicais, organizada na sequência de um trabalho articulado entre a Biblioteca, o Grupo de Educação Musical e famílias.

No Jardim de Infância de Entre Ambos-os-Rios, a comemoração focou-se na expressão musical através do corpo, com atividades de percussão corporal, exploração de pausas e ritmos, e audição de músicas como "Música do Outono" e "Body Percussion – Ritmo Animado". A atividade foi complementada com o uso do Chrome Music Lab e culminou na criação de ritmos em grupo, promovendo a coordenação, a escuta ativa, a criatividade e a exploração de instrumentos musicais.

Na Escola Básica de Crasto, a celebração desta data foi vivida em articulação com o 1.º Ciclo, num momento especial em que os alunos cantaram o hino do Agrupamento.

Educadora Lúcia Silva,

 Coordenadora do Departamento da Educação Pré-escolar 

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Sessão Metodologia de Estudo

A Biblioteca Escolar, em articulação com o Grupo Disciplinar de Português (300), propõe-se dinamizar uma sessão sobre Metodologia de Estudo, dirigida aos alunos do 9.º ano de escolaridade.

Apoiar os alunos na apropriação de métodos de trabalho e de estudo autónomo, acompanhando-os na consolidação de conhecimentos e de hábitos de trabalho, baseados na consulta, tratamento e produção da informação, é o objetivo central da iniciativa.

A ação realiza-se de acordo com o seguinte calendário: 

Turma

Dia

Hora

9.º C – Professora Isabel Gonçalves (PORT)

01 de outubro (quarta-feira)

08.30 – 10.00 H

9.º A – Professora Armanda Costa (PORT)

01 de outubro (quarta-feira)

10.20 – 11.50 H

9.º D – Professora Armanda Costa (PORT)

06 de outubro (segunda-feira)

10.20 – 11.50 H

9.º B – Professora Isabel Gonçalves (PORT)

07 de outubro (terça-feira)

10.20 – 11.50 H

9.º E – Professora Isabel Gonçalves (PORT)

08 de outubro (quarta-feira)

10.20 – 11.50 H

Biblioteca Escolar

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

CIDADANIA AMBIENTAL E SOLIDARIEDADE

700 quilos de “Papel por Alimentos"

O Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca angariou, nos últimos meses, perto de 700 quilos de resíduos de papel para reciclagem, nomeadamente, livros escolares já fora de uso, jornais, papel e cartão.

Os materiais acabam de ser entregues ao Banco Alimentar Contra a Fome de Viana do Castelo, tendo o transporte sido garantido pelo Rotary Club de Ponte da Barca, no âmbito da parceria que, há vários anos, existe entre as duas instituições.


Trata-se de mais uma ação educativa que mobilizou a comunidade escolar em termos de exercício da cidadania ambiental e da solidariedade. Com efeito, as centenas de quilos de material reciclável foram entregues nos termos da campanha "Papel por Alimentos", um projeto da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, em que o valor obtido pela venda do papel a operadores certificados é convertido em produtos alimentares para distribuir localmente.

Com esta atividade, deu-se ainda um contributo muito significativo para a consecução de cinco dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas: erradicação da pobreza (1), fome zero e agricultura sustentável (2), cidades e comunidades sustentáveis (11), produção e consumo responsáveis (12) e parcerias e meios de implementação dos objetivos (17).

Para além de se ter valorizado a importância do papel de cada pessoa na sociedade e no mundo e a possibilidade de recuperar e reutilizar coisas que parecem não ter valor, o trabalho de parceria desenvolvido entre o Agrupamento de Escolas e o Rotary Club mostra bem a força inspiradora do lema rotário para o corrente ano: "Unidos para Fazer o Bem". 

Biblioteca Escolar

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

BOM ANO LETIVO!

A Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca deseja a todos um bom ano letivo de 2025/2026!

sábado, 30 de agosto de 2025

NO 429.º ANIVERSÁRIO DA MORTE DE DIOGO BERNARDES

Diogo Bernardes e Camões: 

dois percursos quase nunca em sintonia!

Diogo Bernardes terá falecido a 30 de agosto de 1596, faz hoje, precisamente, 429 anos.

A propósito desta efeméride e ainda no contexto do V centenário do nascimento de Camões, propomos uma visita ao percurso destes dois vultos da nossa Literatura…

Bernardes e Camões são dois poetas contemporâneos. Afirmaram-se com grande prestígio no seu tempo, mas as relações entre ambos não foram muito amigáveis. 

Na década de 40 do século XVI, os ambientes palacianos da capital proporcionaram-lhes o primeiro contacto. Camões estava de regresso a Lisboa, depois de uns anos em Coimbra, onde consolidara a sua formação humanista. Bernardes, esse acabava de chegar da sua Terra da Nóbrega, à procura da fortuna. Nestes ambientes, exercitaram a poesia, ora fazendo elogios às senhoras, ora dando largas a improvisos jocosos sobre as questões da atualidade. Nestes jogos, todos procuravam vencer, exibindo o seu virtuosismo e graciosidade.

Sabe-se que Camões era repentista e mordaz, dotado de uma notável capacidade de improviso, pelo que não será difícil imaginar o aplauso que reunia junto das damas e dos cortesãos. “Isso trar-lhe-ia mais inimizades do que admiradores entre os seus pares”, escreve Isabel Rio Novo. E, entre eles, estava – certamente – o poeta barquense.

O destino, porém, depressa acabará por separá-los. Camões envolve-se em problemas, é desterrado, vai parar à prisão e a Ceuta, onde perde o olho direito. De novo em Lisboa, volta a ser preso e, em 1553, parte para o Oriente. Um ano depois, seria a vez de o infortúnio bater à porta de Bernardes, com a morte do jovem príncipe D. João, seu mecenas.

Camões regressaria à capital do império quase duas décadas depois, em 1570. E, em 1572, conseguiu a publicação d’”Os Lusíadas”, obra dedicada ao jovem rei D. Sebastião, a quem incita a liderar uma campanha no Norte de África.

Curiosamente, dois anos depois, saiu uma outra obra de pendor épico, da autoria de Jerónimo Corte-Real.  Acontece que, ao contrário d’“Os Lusíadas”, que não apresenta qualquer poema elogioso de outros homens de Letras, o trabalho de Corte-Real vem acompanhado de várias composições da elite literária da época – Bernardes incluído –, que, em uníssono, louvam a excelência da obra.  

O poeta barquense vivia, então, um período auspicioso. Em 1576, acompanha, como secretário, a embaixada de Pedro de Alcáçova Carneiro, enviada por D. Sebastião ao rei de Espanha. E, no ano seguinte, é despachado “moço de toalha” do monarca português que, depois, o escolhe para, como poeta oficial, cantar a sonhada vitória na Cruzada a Marrocos.

Camões sente-se ofendido. Também ele lutara por ser o cantor da jornada de África. Mas é preterido, ou porque D. Sebastião não lhe desse importância, ou “porque o achasse velho e debilitado, ou porque preferisse o poeta que também era seu servidor de toalha desde 1577, ou por todas estas razões” (Isabel Rio Novo).

A expedição parte de Lisboa, em finais de junho de 1578. A desorganização e a arrogância são de tal ordem, que só podiam dar mau resultado… E deram mesmo!

A aventura redundou na tragédia de Alcácer-Quibir, a 04 de agosto de 1578.

Mal recebeu a notícia, Camões rasgou os versos que tinha começado, quando a armada partira do Tejo. E, menos de dois anos depois, em 1580, perdeu a vida, tal como Portugal perdeu a independência. Bernardes, esse nem chegou a iniciar o poema épico. Feito prisioneiro, só conseguiu a liberdade dois ou três anos depois.

Camões por Fernão Gomes, em cópia de Luís de Resende.

Com a morte do autor d’”Os Lusíadas”, alguns dos seus contemporâneos começaram, entretanto, a mudar de opinião. É o que acontece também com o poeta barquense. Quando, em 1595, foi editada a lírica camoniana, com o título de “Rimas”, a obra incluiu um soneto seu, intitulado “Em louvor de Luís de Camões”, que “honrou a pátria em tudo”. E Bernardes termina com a glorificação póstuma do nosso épico:

“Mas se lhe foi Fortuna escassa em vida

Não lhe pode tirar despois da morte

Um rico emparo de sua fama e glória”.

Diogo Bernardes morreu a 30 de agosto do ano seguinte, faz hoje, precisamente, 429 anos. Pediu e foi sepultado junto de Camões, no Mosteiro de Sant’Ana.

Depois de tantos desencontros, Camões e Bernardes repousam, finalmente, em eterna sintonia!

Prof. Luís Arezes